Total de visualizações de página

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

PORQUE DEUS ESCOLHEU A PAULO


 Paulo assim como todo aquele que aceita a Jesus como seu Salvador teve, por toda a sua vida, mesmo que não soubesse, todo um direcionamento, todo um preparo e até mesmo livramentos da parte de Deus com o objetivo de usá-lo como um obreiro, um trabalhador em seu projeto de salvação para o homem. Ananias, que a princípio argumentou com Deus seu descontentamento em se encontrar com um homem que severamente perseguia a igreja e que também tinha o poder para prender e mandar eliminar os cristãos, ouve a voz do Senhor lhe dizendo que Paulo era um “vaso escolhido” com o nobre trabalho de levar a palavra de salvação aos gentios.
  Para Ananias e talvez para Paulo naquele momento, não fazia muito sentido a escolha de Deus por este homem, tão desprezado pelos cristãos, que agora convertido levaria a palavra de salvação aos perdidos, mas hoje quando analisamos esta escolha entendemos facilmente que a palavra de Deus não poderia penetrar os corações de povos como os romanos e os gregos, não fosse através de um homem culto, letrado e respeitado no meio deles. Sem dúvida alguma não haveria atenção por parte de muitos povos cultos às palavras de um grupo de pescadores indoutos e ainda por cima judeus. Vemos através da conversão de Paulo e seu nobre serviço prestado à igreja de Cristo a soberania e principalmente a sabedoria de Deus em todos os seus planos.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

A HISTÓRIA DO MUNDO E O CRISTIANISMO


 Durante todo o processo de amadurecimento do cristianismo, desde a igreja primitiva, observamos que não é possível separar sua história da história da humanidade e vice-versa, mas é fato que os acontecimentos sociais, políticos e econômicos mudaram o cristianismo original, por uma questão de sobrevivência. Não havia como o cristianismo se manter inflexível diante de todos os acontecimentos destes quase dois milênios, a mudança radical, mas que também foi processual do modo de vida do homem, bem como o alcance de sua liberdade de ler e interpretar a bíblia e os ensinamentos de Cristo foi essencial para que houvessem grandes mudanças e dissenções dentro do movimento cristão, mudanças estas que não considero maléficas, mas bem pelo contrário considero justamente fatos essenciais para o amadurecimento de uma religião, que na minha opinião é a mais importante do mundo, que mudou a história de um modo permanente, pois esteve envolvida de forma muito intensa no núcleo de diversos dos mais marcantes e decisivos fatos históricos da humanidade.
 Agora o cristianismo em todas as suas vertentes, linhas de pensamentos e diferentes placas de igreja continua relevante dentro da sociedade mundial, no entanto no mundo extremamente moderno e veloz que vivemos, temos a grande responsabilidade, como teólogos, de mostrar um evangelho prático, que procura fazer algo real pelas pessoas, como Jesus sempre o fez, um evangelho abstrato, focado no porvir e na certeza de uma eternidade dos salvos, um evangelho que mantem os ensinamentos originais de Cristo, pois é claro que deve haver uma adaptação ao ambiente social e cultural que vivemos, no entanto vemos com muita tristeza igrejas que por uma questão estatística e numérica de membros, dizem somente o que é agradável e prometem uma absoluta prosperidade, sem nem mesmo se preocupar com a vontade de Deus. Vemos igrejas cheias de pessoas que não tem compromisso com Cristo ou nem mesmo tiveram uma experiência de salvação genuína, mas são cambistas de favores de Deus.
  O cristianismo contemporâneo, a meu ver, precisa tratar questões importantes da vida secular das pessoas, mas não podemos esquecer que a ideia fundamental sempre foi e sempre será a salvação do homem, salvação esta que quando verdadeira muda as concepções errôneas impostas por uma sociedade corrupta e fria, transforma o coração de pedra que não dá valor à vida, em especial à dos outros, em um coração de carne capaz de amar e respeitar a si próprio e aos outros. Vejo que o maior desafio que enfrentamos nos dias de hoje é alcançar o ensino cristão original, através de um testemunho de vida, através de uma experiência vivida, não tendo os olhos fechados para as análises críticas, respeitando o direito de cada um em descordar ou pensar de modo diferente, desde que não se venha ferir os ensinamentos bíblicos, para que a mensagem de Cristo seja anunciada e levada a todos sem desvios ou tendências que promovam algum benefício próprio para alguém ou para algum grupo.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O MÉTODO HISTÓRICO-CRÍTICO DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA


 Tem sua origem nas grandes mudanças do pensamento humano ocorrida entre os séculos XVII e XVIII, leva ao abandono da teologia como mãe da ciência através dos dogmas da igreja e passa a ter a ciência como mestra do conhecimento passando a ter como critério de apreensão do conhecimento científico a racionalidade e não a fé.
Segue duas premissas:

- A palavra de Deus e as escrituras não são idênticas, pois existem textos que não podem ser considerados inspirados por Deus por conterem informações que serviam apenas ao público alvo da época.

- A bíblia não é inconteste, pois o cânone em si foi um acordo entre várias religiões do que seria ou não utilizado nos cultos, assim não considera a bíblia em sua forma atual, como não sendo necessariamente uma compilação divina em sua plenitude.

Metodologia Histórico-crítica

Busca, sem que se comprometa a o objetivo original do texto, extrair, sob um ponto de vista histórico o contexto dos textos bíblicos. É composta por seis principais partes a saber:

- Crítica da construção do texto
- Crítica da redação
- Crítica da transmissão do texto
- Crítica da forma
- Crítica do gênero literário
- Crítica das tradições

Crítica da construção do texto

 Avalia a constituição do texto escrito, em uma profunda análise do texto em si, não levando em consideração sua contextualização. Verifica se existem começo, meio e fim, verifica se há uma coesão textual e até mesmo se existem mudanças no texto.

Crítica da redação

 Busca detectar acréscimos posteriores à escrita do texto original, bem como tentar determinar as datas históricas em que estes acréscimos foram feitos, também tenta descobrir os recursos que viabilizaram tais mudanças, as origens culturais e religiosas das mesmas e as intensões destes.

Crítica da transmissão do texto

 Procura recuperar a forma oral original do texto como este era transmitido Custo antes de sua escrita. Sustenta-se no estudo na tradição oral da época, se baseando no desenvolvimento da mesma.

Crítica da forma

 Analisa a forma literária textos avaliando suas formas fixas, descrevendo as formas encontradas, determinando a intensão existente na linguagem e tratando o texto no universo de seu contexto histórico.

Crítica do gênero literário

 Analisa as formas de estilo de linguagem, se baseia no argumento de que ao se determinar o gênero literário do texto torna-se mais fácil alcançar sua intensão original. Para tal é necessário fazer comparações com outras obras e para tal é imprescindível uma boa escolha do material a comparar, criticar e compara as formas, constatar a existência de um gênero literário e descrevê-lo bem como finalmente determina-lo.

Crítica das tradições

 Busca encontrar o pano de fundo cultural, religioso e teológico sob o qual o texto se encontra inserido, não se limitando à cultura bíblica, mas também à cultura local da época de uma forma geral, bem como a cultura geral universal.

ABISMOS NA BUSCA DO SENTIDO DO TEXTO BÍBLICO


Abismo Espacial

    A grande distância existente entre o lugar dos fatos acontecidos biblicamente e o lugar onde vivemos torna a interpretação difícil, pois a intensão original do texto leva em conta aspectos geográficos que incorrem modos de vida ou de subsistência dos quais não temos experiência e que podem nos levar a deduzir erroneamente o contexto lavando a uma produção de sentido pobre ou equivocada.

Abismo Temporal

    Ao se falar da grande distância temporal em que os textos bíblicos foram escritos, automaticamente implica em uma diferença de modo de pensamento sobre a vida, a ciência e a natureza que precisam ser consideradas no advento da interpretação e consequentemente na produção de sentido. É necessário avaliar os acontecimentos com uma visão histórica original para se fazer uma correta interpretação e uma visão histórica atual para que se tenha uma produção de sentido do texto adequada.

Abismo Cultural

    Não é possível interpretar um texto tentando interpretar os acontecimentos do mesmo se balizando pela nossa cultura, pois se hoje, onde vivemos o mesmo período histórico que os povos orientais, ainda assim há uma grande divergência em nossas culturas, tanto mais tendo uma grande distância temporal o cuidado deve ser ainda maior. Entender a cultura dos textos de acordo com o lugar e o tempo vivido é fundamental para a correta contextualização do texto.


Abismo linguístico-idiomático

    As diferenças linguístico-idiomáticas precisam ser observadas com muito critério e responsabilidade, pois até mesmo a versão da bíblia que se lê pode ter fortes cargas interpretativas que, não necessariamente expressam o conteúdo original da escrita. Pensado por este lado é importante conhecer a língua ou acessar obras de linguistas que fazem um estudo sério das traduções bíblicas para não corrermos o risco de interpretar uma interpretação e não o texto em sua maior originalidade. 

EXPRESSÕES TEOLÓGICA, BÍBLICA E FILOSÓFICA DA HERMENÊUTICA


Expressão Teológica

    Olhando a hermenêutica aplicada à Teologia, observamos que a principal finalidade da mesma é de transformar os textos sagrados em um ensino genuíno do propósito original de Deus, no advento de sua escrita, para aplicação na vida prática do cristão. Em uma visão teológica é impossível considerar que a hermenêutica é tão somente uma fria lista de regras para se interpretar os textos, pois esta interpretação tem também um viés doutrinário que deve ser buscado sim em sua forma mais fiel, mas que também procura atualizá-lo para o entendimento nos dias atuais sob forma de mensagens ou sermões. 

Expressão Filosófica

    Dentro da Filosofia, a hermenêutica procura trazer uma interpretação do ser, ou seja, extrair a essência do objeto de forma a se poder compreender melhor a finalidade das coisas dentro de sua existência. A grande preocupação da hermenêutica dentro da filosofia não se restringe às explicações sobre a vida ou existência, mas a manifestação dos seres dentro deste universo. Poderíamos dizer que a existência em si é o “livro” e cada “coisa” é um texto ali colocado não por um acaso, mas há um motivo de ser uma “mensagem implícita” que a hermenêutica procura trazer à tona, tendo a preocupação de fazê-lo de forma que haja o mínimo de distorções possíveis neste conteúdo.

Expressão Bíblica

    Que a bíblia é a palavra de Deus não há dúvida, mas devido ao longo período de sua escrita, aconteceram grandes mudanças na língua, na cultura, na geografia, na sociedade, bem como em outras áreas, do momento que se iniciou a escrita até o seu término. Outro detalhe é que devido ao grande número de escritores, observa-se grandes diferenças na forma literária, nas expressões utilizadas, no jeito particular de se apresentar os conteúdos, dentre outras diferenças. Esta diversidade temporal e literária causa grande confusão ao leitor se não houver uma interpretação bem feita do texto, buscando-se recursos para se alcançar o original contexto. Neste quesito a hermenêutica bíblica é essencial para se poder absorver os verdadeiros ensinamentos de Deus para o homem através de sal palavra.

HERMENÊUTICA VERSUS EXEGESE

Hermenêutica

    Regras e métodos necessários para se interpretar um texto, extraindo deste o seu conteúdo original, com o maior grau de exatidão possível. Busca alcançar o contexto, levando-se em conta fatos históricos, culturais, linguísticos e teológicos, presando por não interferir com opiniões ou pontos de vista.

Exegese

    Produz um material tendo base nas regras definidas pela hermenêutica que é a transliteração dos textos bíblicos trazendo a informação original, agora podendo ser adaptada ao tempo, à cultura, à língua e ao momento histórico vivido no presente, promovendo um entendimento do recado de Deus para o homem.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

A TEOLOGIA E AS SITUAÇÕES DE NOSSO CONTEXTO

Brasil: de teologia-reflexo para teologia-fonte

  Durante muito tempo o Brasil ficou dependente de uma teologia com raízes estrangeiras, isto se deve ao fato de que a cristianismo chegou até nosso país através de evangelistas estrangeiros, isto é absolutamente normal, pois é bem natural que os missionários levem um pouco de sua cultura aos povos evangelizados.
   Hoje vivemos uma época onde a teologia genuinamente nacional tem se apresentado com bastante vigor através de teólogos que tem se preocupado com uma aplicação mais regionalizada, mais produtiva e menos reprodutiva. Muito disso se deve ao fato de que a teologia nestes últimos tempos deixou de ser unicamente para formação de pastores e passou a ser também uma área livre para estudos de qualquer um que tenha o desejo de aprender mais sobre estes conceitos.

O desafio do pluralismo

  A teologia, ao contrário do que o senso comum afirma, não se apresenta como uma verdade imutável ao longo dos anos, até porque o que o homem acredita saber sobre teologia, acaba dependendo bastante do contexto histórico do período vivido. A teologia veio sendo influenciada por fatores religiosos oriundos das mais diversas religiões, bem como dos fatores sociais a que o homem ficou submetido em cada período da história e também devido aos mais diversos pontos de vista de renomados filósofos e teólogos. 
   
O desafio do Ecumenismo

 O ecumenismo vem tentando aproximar as religiões em uma tentativa de universalizar a fé, sabemos que esta é uma tarefa praticamente impossível de se realizar, mas precisamos admitir que as religiões apesar de serem diferentes em seus modos de serem exercidas, em seus dogmas e suas figuras centrais, há um objetivo universal entre todas elas levar o indivíduo a ser alguém melhor. Assim é preciso sim que haja uma defesa de cada um por seu modo de ser religioso, mas há também a necessidade de que religião não seja um motivo para violência ou má convivência entre as pessoas.   A partir do momento em que a teologia se torna um motivo de separação entre as pessoas, ela deixa de ser um conhecimento crítico e passa a ser um fanatismo, que tem se mostrado ser extremamente prejudicial para a sociedade.

O desafio do diálogo inter-religioso
Ter religiões diferentes não significa nos tornarmos seres de espécies diferentes, que não se entendem, não convivem e por vezes até mesmo se destroem. É necessário haver um diálogo entre os religiosos e entre as religiões, pois as bases da sociedade só poderão ser mantidas se houver entre os religiosos uma política de boa vizinhança, ou seja, por mais que eu discorde de seus conceitos teológicos, não significa que devamos ser inimigos.

O desafio da existência de muitos “lugares teológicos”

 Tem se visto muito nos dias atuais teologias que são feitas de baixo para cima, ou seja, tem havido uma preocupação por parte dos líderes de denominações em “agradar ao público” com o objetivo de se angariar maior número de membros, há nesta linha de pensamento um perigo muito grande de se esquecer o que Deus que para o homem e ao invés disso passar a ter o que o homem quer para ser seu Deus.
 A teologia é sim contextual, mas Deus é único e inequívoco, estes lugares teológicos que nada mais são que pequenos universos a serem enfatizados em uma visão teológica não devem ser ignorados, no entanto não devem também serem usados como espaços únicos para o desenvolver teológico.

O ESTATUTO CIENTÍFICO DA TEOLOGIA

Relação entre Teologia e as demais ciências

  Durante a história da evolução científica da humanidade, houve um tempo onde a Teologia assumiu uma posição de hegemonia, uma posição não só de destaque, mas também exercia grande poder sobre as demais ciências deste período. Este período chamado essencialmente de era cristã tinha a Teologia como referência absoluta para aas demais ciências, isto porque todo o conhecimento “revelado” por Deus ao homem não poderia em hipótese alguma ser questionado pelas outras ciências, desta forma a mãe de todas as ciências era a Teologia.
Com o advento da ciência moderna, que nada mais é que uma ciência pautada no empirismo, ou seja, só é ciência genuína aquela que pode ser experimentalmente provada em uma relação bem definida de causa e efeito. Neste período a Teologia perdeu totalmente o posto de principal ciência e enquanto cada ciência passou a ter autonomia em suas áreas de conhecimento a Teologia chegou a ter seu título de ciência fortemente questionado.
Finalmente em tempos mais recentes, onde a Teologia começou a se preocupar com embasamentos científicos para provar sua veracidade, em especial no caso do cristianismo a confrontação dos textos bíblicos com fatores históricos, geográficos, bem como conhecimentos paleontológicos, arqueológicos e sociológicos tornou agora a teologia aceita no campo da área de conhecimento humano.

Teologia sendo considerada ciência

  A teologia só pode ser considerada uma ciência se sua linha de estudos estiver em consonância com a interpretação das situações e figuras apresentadas de forma que este simbolismo possa contribuir para um melhor entendimento por parte do homem daquilo que é a mensagem de Deus para sua vida. A bíblia não foi escrita com o objetivo de ser um livro de conhecimentos científicos e nem tem a pretensão de ser irrefutável cientificamente.
   Deste modo fica claro que o conhecimento que a aquilo que a humanidade pode apreender através da teologia nunca será exato ou experimentalmente comprovado, mas sempre será uma experiência de sentidos, propiciada pela hermenêutica de todos os símbolos da fé cristã.

OS NÍVEIS DO DISCURSO TEOLÓGICO

 Como em qualquer área do conhecimento, a teologia possui áreas de aplicação em vários níveis, conforme a profundidade do conhecimento apreendido. Não podemos nos deixar levar por uma crença do senso comum que classifica estes níveis por ordem de superioridade ou importância, pois de uma forma prática há uma correlação entre estes níveis e também cada nível é importante para a apreensão do conhecimento teológico para uma parte específica da população de forma geral.

Nível popular do discurso teológico 

  Se concentra na população considerada leiga, do ponto de vista acadêmico, e que também não tem a responsabilidade de transferir o conhecimento teológico para grandes públicos. Na maioria das vezes o conhecimento é adquirido por experiências do cotidiano, através da leitura da bíblia e também de palestras ou pregações assistidas. Apresenta uma linguagem simples de fácil entendimento, abrangendo também a grade maioria da população ligada de uma forma ou de outra ao conhecimento teológico.
Não tem pretensões e nem metodologias científicas de nenhuma espécie, visa compartilhar o conhecimento adquirido através de experiências vividas com Deus, com a bíblia e com outras pessoas.

Nível pastoral do discurso teológico 

  Se concentra em uma população por vezes leiga do ponto de vista acadêmico, mas também apresenta pessoas com uma formação teológica, são pessoas que sempre possuem a responsabilidade de compartilhar o conhecimento teológico com um número expressivo de pessoas, são geralmente líderes de um grupo de pessoas. Apresentando ou não uma formação acadêmica de teologia estas pessoas fazem um estudo mais aprofundado da teologia visto que, em uma posição de liderança torna-se necessário um conhecimento mais amplo que possa levar às pessoas a terem uma experiência de conhecimento que amplie seus horizontes, indo além das limitações que a teologia popular apresenta.
De cunho orientativo, tem a pretensão de levar os puramente leigos a terem uma visão mais hermenêutica da teologia através de palestras, pregações e aconselhamentos.

Nível acadêmico do discurso teológico 

  Se concentra em uma população bem reduzida e muito específica, são estudiosos profissionais da teologia. São pessoas que produzem literaturas como conceitos e definições pautadas em metodologias científicas, tendo como apoio uma visão puramente acadêmica do conhecimento.
Tem como principal objetivo ser um complemento formal do conhecimento na área teológica. Somente pode ser adquirido por meio de uma educação formal e geralmente não se limita a um curso superior, indo bem mais além a nível de especializações, mestrados e doutorados.

Solidarizando os níveis do discurso teológico

 É importante salientarmos que que os diferentes níveis do discurso teológico não são concorrentes entre si, nem mesmo se apresentam melhores ou mais importantes uns que os outros, mas muito pelo contrário eles se completam solidariamente e juntos tem o poder de abranger todas as classes sociais, econômicas e intelectuais da população.
 Por isso cada um dos níveis deve ser considerado não como “dispositivos” diferentes com finalidades próprias, mas sim sendo partes integrantes de um “dispositivo” maior cuja finalidade única é levar o conhecimento teológico a todos de forma indistinta.

DEFININDO TEOLOGIA

 Ao contrário do que a maioria acredita ser a definição de Teologia, esta definição não tem nada de trivial, pois o grande problema em se definir Teologia é que esta veio tomando novos formatos no decorrer da história. Definir significa exatamente fechar um conceito que possa determinar toda abrangência e essência do que se está definindo e é exatamente aí que se encontra um outro dos grandes problemas na definição de Teologia, a final seria muita pretensão de nossa parte achar que com apenas uma palavra atribuída a um ramo de estudo poderíamos explicar Deus.
Falar de Deus automaticamente nos remete à bíblia que é genuinamente a sua palavra e quando tentamos buscar na bíblia esta definição do que é “Deus” não conseguimos avançar muito, pois na bíblia Deus claramente se apresenta como “Eu sou” (na passagem em que Moisés deveria falar a Faraó quem é o Deus que exige que seu povo saia do Egito para o adorar) o que nos mostra claramente que Deus é o que é não precisando de maiores explicações, outro detalhe é que especialmente no velho testamento Deus se apresenta não como um conceito ou algo a se definir, mas sim Deus é visto como um acontecimento e também como alguém que é fonte, ou motivo de acontecimentos.
 A bíblia apresenta Deus como um criador que ama a sua criação e move situações e circunstancias para que a humanidade deixe seus erros de lado de forma a poderem viver em comunhão entre si. Estas experiências bibliocêntricas não se apegam a uma visão analítica de Deus, muito menos uma explicação filosófica ou humanista de Deus, nós cristãos, por exemplo, geralmente vivemos primeiro uma experiência de vida com Deus e depois nos interessamos por estudar de forma mais analítica o próprio Deus e a bíblia.
 É importante entendermos então que a teologia nasce de uma experiência espiritual, que tem base na comunhão com Deus, na oração e na adoração à Deus. Apesar das grandes mudanças em seu contexto fundamental, tais como o estudo com foco acadêmico e não mais, necessariamente pastoral, bem como uma abrangência extremamente cristocêntrica, a teologia conserva sua função mais primitiva, fazer o homem se aproximar mais de Deus através da análise dos seus atos em prol do homem e especialmente através do melhor entendimento da bíblia.
 Platão propõe um conceito teológico interessante que apresenta três lições importantes:
1 – A teologia é um conhecimento adquirido através do senso crítico, apresenta a finalidade de questionar e buscar respostas em todo o tipo de manifestação religiosa.
2 – Há na teologia uma função pedagógica, ou seja, uma vertente formadora de caráter aplicada ao homem que o leva a um aprimoramento de sua vida espiritual bem como um aperfeiçoamento de sua ligação com Deus.
3 – Por mais estranho que aparenta ser, a teologia apresenta uma função política, que tem como principal objetivo adequar a vida do homem a melhores condições de convivência como cidadão dentro da sociedade.
 Claro que para nós a teologia é muito mais que um método ou uma forma de análise ou mesmo um ramo acadêmico, para nós o conhecimento do mundo teológico nos leva a ter uma visão menos ingênua e nos acrescenta uma visão mais verdadeira de quem é Deus é qual é o seu propósito na vida do homem.

UMA REFLEXÃO SOBRE O CRISTIANISMO COMTEMPORÂNEO


 Durante todo o processo de amadurecimento do cristianismo, desde a igreja primitiva, observamos que não é possível separar sua história da história da humanidade e vice-versa, mas é fato que os acontecimentos sociais, políticos e econômicos mudaram o cristianismo original, por uma questão de sobrevivência. Não havia como o cristianismo se manter inflexível diante de todos os acontecimentos destes quase dois milênios, a mudança radical, mas que também foi processual do modo de vida do homem, bem como o alcance de sua liberdade de ler e interpretar a bíblia e os ensinamentos de Cristo foi essencial para que houvessem grandes mudanças e dissensões dentro do movimento cristão, mudanças estas que não considero maléficas, mas bem pelo contrário considero justamente fatos essenciais para o amadurecimento de uma religião, que na minha opinião é a mais importante do mundo, que mudou a história de um modo permanente, pois esteve envolvida de forma muito intensa no núcleo dos mais marcantes e decisivos fatos históricos da humanidade.
 Agora o cristianismo em todas as suas vertentes, linhas de pensamentos e diferentes placas de igreja continua relevante dentro da sociedade mundial, no entanto no mundo extremamente moderno e veloz que vivemos, temos a grande responsabilidade, como teólogos, de mostrar um evangelho prático, que procura fazer algo real pelas pessoas, como Jesus sempre o fez, um evangelho abstrato, focado no porvir e na certeza de uma eternidade dos salvos, um evangelho que mantém os ensinamentos originais de Cristo, pois é claro que tem que haver uma adaptação ao ambiente social e cultural que vivemos, no entanto vemos com muita tristeza igrejas que por uma questão estatística e numérica de membros, dizem somente o que é agradável e prometem uma absoluta prosperidade, sem nem mesmo se preocupar com a vontade de Deus. Vemos igrejas cheias de pessoas que não tem compromisso com Cristo ou nem mesmo tiveram uma experiência de salvação genuína, mas são cambistas de favores de Deus.
  O cristianismo contemporâneo, a meu ver, precisa tratar questões importantes da vida secular das pessoas, mas não podemos esquecer que a ideia fundamental sempre foi e sempre será a salvação do homem, salvação esta que quando verdadeira muda as concepções errôneas impostas por uma sociedade corrupta e fria, transforma o coração de pedra que não dá valor à vida, em especial à dos outros, em um coração de carne capaz de amar e respeitar a si próprio e aos outros. Vejo que o maior desafio que enfrentamos nos dias de hoje é alcançar o ensino cristão original, através de um testemunho de vida, através de uma experiência vivida, não tendo os olhos fechados para as análises críticas, respeitando o direito de cada um em discordar ou pensar de modo diferente, desde que não se venha ferir os ensinamentos bíblicos, para que a mensagem de Cristo seja anunciada e levada a todos sem desvios ou tendências que promovam algum benefício próprio para alguém ou para algum grupo.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

MENSAGEM: A ALEGRIA DO SENHOR É A NOSSA FORÇA

·         Texto Base: Neemias 8: 8 a 12

8 - Leram no livro, na Lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia.
9 - Neemias, que era o governador, e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que ensinavam todo o povo lhe disseram: Este dia é consagrado ao SENHOR, vosso Deus, pelo que não pranteeis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei.
10 - Disse-lhes mais: ide, comei carnes gordas, tomai bebidas doces e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força.
11 - Os levitas fizeram calar todo o povo, dizendo: Calai-vos, porque este dia é santo; e não estejais contristados.
12 - Então, todo o povo se foi a comer, a beber, a enviar porções e a regozijar-se grandemente, porque tinham entendido as palavras que lhes foram explicadas.



Alegria: A condição de satisfação da pessoa que está contente.



V8
Nós cristãos devemos sempre estar em contato com a leitura da Bíblia, no texto que vamos explanar Neemias havia concretizado a obra de restauração de Jerusalém, realizada em um tempo recorde de 52 dias, agora ele e Esdras o sacerdote, subiam diante do povo em púlpito de madeira para ler e explicar as leis. É interessante que muitas vezes passamos por fases de nossa vida onde espiritualmente estamos bastante machucados, como era a situação de Jerusalém naquela época, este estado de abatimento, faz com que fiquemos desapercebidos quanto aos ataques do adversário, da mesma forma que Jerusalém com seus muros derribados.
O verso 8 fala com muita propriedade que o que era lido, era lido claramente, de forma que todos realmente entendiam o que estava sendo lido, não ficava dúvida. O que devemos buscar de Deus continuamente é que através do Espírito Santo alcancemos entendimento completo do que lemos, pois, ler só por ler, não edifica, torna-se apenas um ritual sem propósito.

V9
Dentro da igreja, aqui não fazendo referência a nenhuma placa, existe uma estrutura organizada pelo Espírito Santo com pessoas que foram levantadas por Deus para que sejamos ajudados, existem pastores, presbíteros, diáconos, obreiros, líderes de ministérios, ou seja, toda uma estrutura de pessoas dedicadas e de oração que podem nos ajudar a entender melhor a palavra de Deus.

V10
Carnes gordas – Alimento que garante sustento, alimento forte
Bebidas doces – Alimento saboroso que dá prazer em ser degustado
Sabemos que o cristão, genuinamente salvo, não se limita a ser um expectador de cultos, mas é também um emissário de Deus para testemunhar e levar a palavra de salvação às pessoas. Vale lembrar que evangelizar não é necessariamente entregar panfletos, pregar de casa em casa ou na praça, sair em missões e tantos outros trabalhos extraordinários realizados por pessoas que tem esta facilidade em evangelizar, mas também é ter um testemunho de transformação de vida proporcionado pela salvação.
O grande ensinamento deste verso é que não se pode levar algo a alguém, se não temos nada para levar. Primeiro precisamos estar alimentados com as gorduras (jejuns e orações), bem como com as doçuras (palavra de Deus), para aí sim levarmos porções (uma palavra de salvação) àqueles que não tem nada para si (não salvos).
Deus se alegra em ver seu povo se dedicando à sua obra e a alegria de Deus em nossa vida representa a força para vencer os obstáculos impostos por esta vida, não nos esqueçamos que cilada também são preparadas para nos atingir com o objetivo de tirar nosso ânimo em servir a Deus e impedir que trabalhemos em sua obra. A nosso força não é humana, mas é divina, pois temos sido fortalecidos pelo poder de Deus, o que não podemos fazer e retroceder e nem mesmo desfalecer.

V11
As vezes estamos entristecidos por várias situações que passamos, mas a ordem é de nos calarmos e de não estarmos contristados, pois cada dia que vivemos é santo na presença maravilhosa de Deus. Estejamos de pé e com o olhar fixo para a volta de Jesus.

V12
Façamos como o povo de Israel que depois de se alimentar bem, saíram a levar porções a todos aqueles que necessitam. Como povo forte de Deus precisamos primeiro estar restaurados, com todas as brechas fechadas, para que as lutas não sejam motivo de choro, mas que sejam mais uma forma de um dia testemunhar para alguém do grande livramento que nos foi dado por Deus em um momento muito difícil.

domingo, 13 de março de 2016

MENSAGEM: SERÁ QUE DEUS SE ESQUECEU DE MIM?

  • Texto Base: Salmo 77: 1 a 10

1 - Clamei a Deus com a minha voz; a Deus levantei a minha voz, e ele inclinou para mim os ouvidos.
2 - No dia da minha angústia busquei ao Senhor; a minha mão se estendeu de noite e não cessava; a minha alma recusava ser consolada.
3 - Lembrava-me de Deus e me perturbava; queixava-me, e o meu espírito desfalecia. (Selá)
4 - Sustentaste os meus olhos vigilantes; estou tão perturbado, que não posso falar.
5 - Considerava aos dias da antiguidade, os anos dos tempos passados.
6 - De noite chamei à lembrança o meu cântico; meditei em meu coração, e o meu espírito investigou:
7 - Rejeitará o Senhor para sempre e não tornará a ser favorável?
8 - Cessou para sempre a sua benignidade? Acabou-se já a promessa que veio de geração em geração?
9 - Esqueceu-se Deus de ter misericórdia? Ou encerrou ele as suas misericórdias na sua ira? (Selá)
10 - E eu disse: isto é enfermidade minha; e logo me lembrei dos anos da destra do Altíssimo.


  Os momentos adversos fazem parte da construção do caráter cristão, observamos muitas vezes pessoas nas igrejas que já estão na presença de Deus há muitos anos e desejamos ter as grandes experiências vividas por muitos destes homens e mulheres de Deus, mas geralmente nos esquecemos que a experiência é tanto maior quanto a provação que a gerou.
   É preciso entender que experiência é prova vencida, assim quem quer viver experiências está indiretamente pedindo a Deus por provações. Somente provas vencidas geram experiências, veja a vida de José, dos 17 anos até os 30 anos passou por provações terríveis, mas tudo era para a formação do caráter do homem levantado por Deus para salvar sua família e o Egito nos dias de fome que a terra passaria.

V1
  A oração é o segredo da vitória do crente, todos sabem disso, mas teoria e prática são coisas completamente diferentes, ou seja, saber nós sabemos, no entanto na hora da provação uma das coisas que geralmente passamos a fazer é orar errado. Ninguém gosta de ser provado isto é um fato, mas a prova é necessária e o que não podemos é ficar tentando ensinar a Deus o que Ele deve fazer por nós, porque Ele sabe muito bem o que.
  Muitas vezes não alcançamos a vitória porque pedimos mal (Tiago 4: 3), ficamos pedindo a Deus o que achamos ser melhor para nós e as vezes até conseguimos o que queremos porque Deus permite, apesar de não ser aquilo o que Ele tinha planejado para nós. Ao orar levantamos nossa voz pedindo o socorro, mas como o socorro virá deixe que Deus decida por você, quando este entendimento for alcançado a vitória virá e será grandiosa.

V2
  Nos momentos de angustia nossas noites muitas vezes são passadas em claro porque estendemos nossas mãos aos céus buscando de Deus as respostas, mas nossa alma se recusa a receber o consolo de Deus, pois começamos a fazer comparações de nossa situação com a de ímpios e as vezes até de outros crentes. É um grande engano achar que Deus trata seus servos através de um livro de regras que devem ser aplicadas a todos da mesma forma, cada um de nós é um ser único, esta raridade é plenamente respeitada por Deus. O que é o melhor para outro, não significa ser o melhor para você.

V3
  A pior postura para um crente que passa por um momento de provação são as constantes reclamações com Deus pelo que se está passando, pois fica caracterizado uma grande falta de estrutura espiritual e é um indício que a fé pode estar se esvaindo. Quando a estrutura espiritual começa a se esfacelar e a fé fraqueja, nosso espírito começa a desfalecer, a tendência então é de ter dúvidas em relação a Deus o que acaba gerando um afastamento do crente do envolvimento com as coisas celestiais. Passamos a ver muito mais o material que o espiritual.

V4
  Ao contrário do que pensamos Deus está conosco constantemente e nunca deixa de ouvir o nosso clamor, o motivo de não sermos consumidos pelas adversidades é a grandiosa operação do Espírito Santo em nossa vida que nos faz vigiar, até mesmo quando não estamos muito bem. Se não fosse a mão de Deus nos sustentando não sobreviveríamos às afrontas que passamos no mundo, afrontas estas que são fruto de um projeto maligno do adversário que tenta ceifar nossa vida espiritual, tentando roubar de nós o que nos é mais precioso. A salvação.
  Há uma batalha travada em nosso interior todos os dias, enquanto nosso espírito é mantido vigilante pela ação do Espírito Santo nossa razão humana tenta nos fazer calar para não buscarmos a Deus, a perturbação do que assola a vida do homem é devido a batalha que o espírito trava com a carne constantemente.
V5
  O homem tem esta mania de viver de passado, precisamos alcançar o entendimento que o passado edifica sim a vida do crente, mas a vida do crente é uma novidade constante, o pão que desce do céu é vivo porque é novo todos os dias, cada dia deve ser encarado como mais uma etapa vencida que faz parte de um projeto que acompanha a dinâmica do tempo, ou seja, só vai para frente e não há possibilidade de retorno. Nossa vida não vai voltar a ser o que foi no passado, o tempo agora é outro, a experiência agora é outra, pode ser até que seja mais difícil, mas lembre-se que processo é assim, vamos subindo de nível à medida que crescemos espiritualmente.

V6
  Tente se lembrar não de como sua vida era a tempos atrás, mas observe agora quantas provas que você passou e Deus sempre esteve do seu lado. Tente enumerar quantas vezes Deus te abandonou, tente contar quantas vezes faltou a provisão do Senhor. No salmo 23 Davi nos fala de sua experiência de vida como rei e como homem de Deus, em um momento de inspiração divina ele fala que Deus, nosso pastor, não deixará que nos falta nada. A palavra “nada” é extremamente abrangente, ou seja, não faltará de Deus o recurso, não faltará de Deus a exortação, não faltará de Deus o consolo, não faltará de Deus o cuidado, mas não faltará também a permissão de Deus para que travemos grandes batalhas materiais e espirituais para que haja o nosso aperfeiçoamento como seus servos.

V7
“Rejeitará o Senhor para sempre e não tornará a ser favorável?” – Claro que não! Tudo tem o seu tempo debaixo dos céus (Ecl. 3: 1), a prova vai durar o tempo necessário para se alcançar o aprendizado e o aperfeiçoamento que Deus tem para nós. Nossa oração deve ser pedindo que alcancemos o propósito de Deus o quanto antes para que a vitória seja decretada.

V8
“Cessou para sempre a sua benignidade?” - Vamos ver o Salmo 136: 26: “Louvai ao Deus dos céus; porque a sua benignidade é para sempre”. Não há como a benignidade de Deus cessar se ela é eterna. Sua vitória já vem, glorifique ao Senhor por isso.

“Acabou-se já a promessa que veio de geração em geração?” -  Paulo fala em Romanos 4 em seu verso 20, sobre a fé de Abraão na promessa de Deus que o faria o pai de uma multidão, isto com ele tendo já quase cem anos e Sara, sua esposa, sendo estéril. Abraão sabia que a palavra de Deus não cairia por terra, Jesus em Mateus 24 em seu verso 35 afirma que passarão céus e terra, mas as suas palavras não haveriam de passar.

V9
“Esqueceu-se Deus de ter misericórdia? Ou encerrou ele as suas misericórdias na sua ira?” - A resposta novamente é não! Lamentações 3: 22 diz assim: “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim”

V10


  Depois de refletir em tudo o que foi dito até aqui, você vai chegar à inevitável conclusão que Deus não mudou com você, que Deus nunca te deixou na mão e que na verdade é sua alma que está enferma. Busque de Deus a cura, não se envergonhe ou se entristeça por esta condição, pois somos falhos e estamos propensos a isto. O que não pode acontecer e que deixemos que a enfermidade se torne terminal. Deus ama sua vida e o que Ele tem para nós é o que há de melhor. Espere com paciência, sabemos que não é fácil, mas creia sua vitória é um fato incontestável, incerto é só quando ela virá. Mas Deus sabe quando será e grandiosa será em sua vida a experiência alcançada depois que a bandeira da vitória for hasteada.