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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O MÉTODO HISTÓRICO-CRÍTICO DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA


 Tem sua origem nas grandes mudanças do pensamento humano ocorrida entre os séculos XVII e XVIII, leva ao abandono da teologia como mãe da ciência através dos dogmas da igreja e passa a ter a ciência como mestra do conhecimento passando a ter como critério de apreensão do conhecimento científico a racionalidade e não a fé.
Segue duas premissas:

- A palavra de Deus e as escrituras não são idênticas, pois existem textos que não podem ser considerados inspirados por Deus por conterem informações que serviam apenas ao público alvo da época.

- A bíblia não é inconteste, pois o cânone em si foi um acordo entre várias religiões do que seria ou não utilizado nos cultos, assim não considera a bíblia em sua forma atual, como não sendo necessariamente uma compilação divina em sua plenitude.

Metodologia Histórico-crítica

Busca, sem que se comprometa a o objetivo original do texto, extrair, sob um ponto de vista histórico o contexto dos textos bíblicos. É composta por seis principais partes a saber:

- Crítica da construção do texto
- Crítica da redação
- Crítica da transmissão do texto
- Crítica da forma
- Crítica do gênero literário
- Crítica das tradições

Crítica da construção do texto

 Avalia a constituição do texto escrito, em uma profunda análise do texto em si, não levando em consideração sua contextualização. Verifica se existem começo, meio e fim, verifica se há uma coesão textual e até mesmo se existem mudanças no texto.

Crítica da redação

 Busca detectar acréscimos posteriores à escrita do texto original, bem como tentar determinar as datas históricas em que estes acréscimos foram feitos, também tenta descobrir os recursos que viabilizaram tais mudanças, as origens culturais e religiosas das mesmas e as intensões destes.

Crítica da transmissão do texto

 Procura recuperar a forma oral original do texto como este era transmitido Custo antes de sua escrita. Sustenta-se no estudo na tradição oral da época, se baseando no desenvolvimento da mesma.

Crítica da forma

 Analisa a forma literária textos avaliando suas formas fixas, descrevendo as formas encontradas, determinando a intensão existente na linguagem e tratando o texto no universo de seu contexto histórico.

Crítica do gênero literário

 Analisa as formas de estilo de linguagem, se baseia no argumento de que ao se determinar o gênero literário do texto torna-se mais fácil alcançar sua intensão original. Para tal é necessário fazer comparações com outras obras e para tal é imprescindível uma boa escolha do material a comparar, criticar e compara as formas, constatar a existência de um gênero literário e descrevê-lo bem como finalmente determina-lo.

Crítica das tradições

 Busca encontrar o pano de fundo cultural, religioso e teológico sob o qual o texto se encontra inserido, não se limitando à cultura bíblica, mas também à cultura local da época de uma forma geral, bem como a cultura geral universal.

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